junho 19, 2010

"Nós Acreditamos"


Mais uma excelente TED talk, The pattern behind self-deception de Michael Shermer, realizada em Fevereiro 2010 e agora publicada, na área da psicologia com destaque para a "crença" e a criação de padrões mentais.


É muito interessante ver Shermer desmontar, explanar e deduzir o modo de funcionamento do sistema interno de "crença". Ou seja, porque acreditamos, porque vemos o que não vemos, porque sentimos o que não sentimos. Mais ainda, porque precisamos de acreditar, e porque projectamos determinados modelos e padrões que nos permitem acreditar.
É uma talk a ver por todos, em certa medida muito relacionada com uma frase que deixei em tempos no Facebook de William Sims Bainbridge.
The horrendous question that always troubles me is, what if religion is factually false but necessary for human well-being? What does science do then?
Importante por tudo o que se tem vindo a passar com o Intelligent Design e o seu incremento de forças dando-lhe capacidade para questionar Darwin e a ciência em geral. Veja-se um estudo de 2009 da Pew Research sobre a evolução da aceitação da teoria evolutiva.
"63% of Americans believe that humans and other animals have either always existed in their present form or have evolved over time under the guidance of a supreme being"

"Only 26% say that life evolved solely through processes such as natural selection."

"A similar Pew Research Center poll, released in August 2005, found that 64% of Americans support teaching creationism alongside evolution in the classroom."
Um dos maiores defensores da teoria da evolução actualmente e que tem feito de tudo para ajudar as pessoas a perceber o que está em jogo nesta discussão - Intelligent Design e Evolução - é o incansável Richard Dawkins de quem recomendo vivamente God Delusion (2006) e o mais recente The Greatest Show on Earth: The Evidence for Evolution (2009).

Mas e porque é de ciência que se trata aqui peço que tenham em atenção o momento alto desta talk que é o ponto em que Shermer explica a construção mental dos erros do Tipo I e Tipo II e realiza o salto dedutivo de grande relevância para o que está aqui em discussão.


Dedico este texto à memória e obra de José Saramago (1922-2010)

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