fevereiro 19, 2011

Vendas de música gravada 1973-2010

Dois gráficos que poderão elucidar algumas pessoas que ainda acreditam que a internet é um antro de pirataria e destruição da música gravada. Claramente que para quem interessa existem formas de ler os dados actuais como um desastre para a indústria. Mas se olharmos para a realidade e analisarmos mais do que apenas a camada da superfície, vamos ver que a indústria da música gravada está bastante bem de saúde e recomenda-se.
No primeiro gráfico encontram-se as vendas dos 8-pistas, vinyl, CDs e álbuns digitais desde 1973 a 2010. Aqui podemos ver o declínio do formato de álbum, que regista hoje vendas ao nível de 1973.

No segundo gráfico vemos a mesma dimensão temporal mas agora para as músicas individuais, ou singles. E aqui o que assistimos é um aumento astronómico, tendo 2010 vendido 5 vezes mais do que em qualquer outro período dos registos de vendas de música gravada.


No final de contas a música que interessa às pessoas é a canção de que gostam e não todo um álbum feito apenas com o objectivo de arrecadar mais dinheiro. Grande parte dos álbuns de pop/rock não passam disso mesmo, de "enchidos" que acompanham uma a duas músicas com alguma qualidade.
O álbum faz apenas sentido para a gravação de obras como concertos, sinfonias, etc. que são um todo, em que só a audição de todo o CD permite aceder à obra completa. Aliás se o CD teve 74 minutos de gravação possível foi para fazer caber aí dentro a 9ª sinfonia de Beethoven, uma exigência do vice-presidente da Sony dessa altura, já que a primeira versão previa apenas 60 minutos.


[via Digital Music News]

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