setembro 23, 2011

a importância dos rabiscos

Esta semana vejo-me obrigado a fazer duas publicações dedicadas às talks da TED. Ontem foi uma Ted Women sobre a Televisão, hoje uma talk In less than 6 minutes realizada por Sunni Brown a propósito do acto de desenhar rabiscos ("doodles").

Um doodle de Mandy Ord

Brown publicou recentemente um interessantíssimo livro Gamestorming: A Playbook for Innovators, Rulebreakers, and Changemakers com vários jogos de ajuda à exploração das competências criativas e de inovação. E está agora a preparar para 2012, The Doodle Revolution, sendo sobre isto que versa esta sua short TED. O que Brown nos traz aqui é uma completa nova abordagem ao conceito de rabiscar ou de doodling. Até agora o doodling tem sido visto como algo menor, ou pior, algo mau, uma falta de respeito para com quem está a comunicar. Aliás Brown vai ao ponto de comparar o sentimento de ofensa sentido pela sociedade face a alguém que pratica o doodling, com o ato de alguém que se masturba no trabalho.
Deste modo Brown apresenta várias ideias, e trabalhos realizados, desembocando naquela que lhe parece ser a definição que deveríamos ter para o ato de rabiscar e que seria: "to doodble is to make spontaneous marks to help yourself think".


Não posso estar mais de acordo com a definição de rabiscos. É exatamente isto que sinto quando em reuniões ou conferências desato a riscar, a fazer incrementações de bolinhas, estou simplesmente a ajudar o meu cérebro a organizar as ideias que me estão a chegar via audição. Aliás um dos slides de Brown a propósito do modo como nós interiorizamos o conhecimento é bem elucidativo desta acção.


Não funcionamos todos de modo igual, mas é interessante e concordo quando ela diz que para podermos transformar saber em conhecimento apreendido precisamos de nos engajar em duas das funções do lado esquerdo, ou em uma do lado esquerdo conjuntamente com uma emoção forte. E é por isso que o doodling se torna tão importante em reuniões grandes e conferências, locais de transmissão de conhecimento quase sempre unidirecionais, e pouco emocionais.

Sem comentários:

Enviar um comentário